Os maiores benefícios do vinho para a saúde e bem-estar

Além de seu papel cultural e gastronômico, o vinho tem sido amplamente estudado por seus potenciais propriedades benéficas à saúde. Especialistas apontam que, quando consumimos de forma moderada, o vinho pode contribuir para o bem-estar e ajudar na prevenção de diversas doenças. Neste artigo, vamos explorar os possíveis benefícios do vinho para o corpo e a mente, contudo, sempre ressaltando que tais vantagens têm ligação direta ao consumo em moderação. Lembre-se, exageros anulam qualquer benefício e elevam riscos à saúde.

O consumo de vinho realmente traz benefícios para a saúde?

A pergunta que muitos se fazem é: o consumo de vinho realmente traz benefícios para a saúde? A resposta, com base em estudos científicos, é sim, mas com ressalvas importantes. O consumo moderado – aqui está a palavra-chave -, especialmente de vinho tinto, tem sido associado à redução de doenças crônicas e à melhoria de funções orgânicas. 

O conceito de consumo moderado pode variar entre indivíduos, mas, de modo geral, órgãos internacionais sugerem um limite de até 1 taça (150 ml) por dia para mulheres e até 2 taças (300ml) para homens. No entanto, deve-se evitar esse consumo em casos de contra indicações, como histórico de alcoolismo ou doenças hepáticas.

Por que isso acontece?

Os vinhos são ricos em compostos bioativos, como os polifenóis, flavonoides e resveratrol. Essas substâncias, presentes principalmente na casca e nas sementes das uvas, possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e cardioprotetoras. 

O resveratrol, por exemplo, é um polifenol que com amplo estudo por seus efeitos positivos na saúde cardiovascular e na longevidade. Além disso, os polifenóis ajudam a combater os radicais livres, moléculas instáveis que podem causar danos celulares e contribuir para o envelhecimento e várias doenças crônicas.

Os maiores benefícios do vinho

Confira abaixo os principais benefícios do vinho à saúde. 

Para o coração

Considera-se o vinho tinto um aliado do sistema cardiovascular. Estudos sugerem que o consumo moderado pode diminuir o risco de doenças cardíacas em até 20%. Isso ocorre pois os polifenóis presentes no vinho tinto ajudam a aumentar os níveis de colesterol “bom” (HDL) e a proteger contra a formação de placas nas artérias, reduzindo o risco de infartos e derrames.

Para a diabetes

Embora o álcool em excesso seja prejudicial para diabéticos, o vinho tinto, em quantidades controladas, pode melhorar a sensibilidade à insulina devido aos polifenóis presentes na bebida, que ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue. Os estudos apontam que o consumo moderado de vinho tinto pode melhorar o controle glicêmico em indivíduos com diabetes tipo 2.

Para o Alzheimer

Estudos também mostram que o resveratrol, um dos principais polifenóis presentes no vinho tinto, pode ter papel neuroprotetor, auxiliando na prevenção de doenças como o Alzheimer. Suas propriedades antioxidantes podem ajudar a reduzir a inflamação e impedir o acúmulo de placas beta-amiloides no cérebro, um dos fatores associados à progressão da doença.

Para a depressão

Embora o álcool em excesso possa aumentar os riscos de depressão, seu consumo moderado pode ter ligação com a redução do estresse e da ansiedade. Isso, em parte, pelo efeito relaxante do vinho e, em parte, pelo contexto social do consumo. 

Os polifenóis do vinho tinto podem ter efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes que ajudam a proteger o cérebro contra o estresse oxidativo e a inflamação, fatores que podem contribuir para a depressão. Além disso, o vinho pode promover a liberação de endorfinas e outros neurotransmissores que melhoram o humor.

Para a digestão

O vinho, principalmente o tinto, possui propriedades que estimulam a produção de enzimas digestivas, facilitando a digestão dos alimentos. Além disso, os polifenóis do vinho podem atuar como prebióticos, promovendo o crescimento de bactérias benéficas no intestino, o que pode melhorar a saúde intestinal e reduzir o risco de doenças digestivas. Estudos também sugerem que o vinho pode ajudar a prevenir infecções gastrointestinais, graças às suas propriedades antimicrobianas.

Para a longevidade

O resveratrol tem sido estudado por seus efeitos na ativação de genes relacionados à longevidade e à proteção celular. Ele pode ajudar a prevenir danos ao DNA e a reduzir a inflamação crônica, ambos fatores importantes no envelhecimento. Além disso, o vinho pode melhorar a qualidade de vida, proporcionando prazer e relaxamento, o que também contribui para a longevidade.

Para a obesidade

Apesar do vinho ser uma bebida calórica, o consumo moderado de vinho tinto tem associação a um menor risco de obesidade quando em conjunto com uma alimentação equilibrada. Os polifenóis ajudam a regular o metabolismo lipídico e a reduzir a acumulação de gordura corporal. 

Além disso, o resveratrol pode aumentar a oxidação de gordura e melhorar a sensibilidade à insulina, contribuindo para a manutenção de um peso saudável. Estudos também sugerem que o vinho pode influenciar a expressão de genes com envolvimento na regulação do peso corporal.

Qualquer tipo de vinho pode trazer benefícios?

O vinho tinto é o que concentra mais compostos benéficos à saúde, devido ao seu maior conteúdo de polifenóis, principalmente o resveratrol na casca das uvas escuras. Contudo, vinho branco e rosé também possuem antioxidantes, embora em menor quantidade. 

Idealmente, você deve escolher vinhos de boa qualidade, preferencialmente com menos adição de sulfitos. A variedade da uva também influencia. Castas como Tannat, Cabernet Sauvignon e Malbec são ricas em resveratrol. Já vinhos muito doces ou com adição de açúcares perdem parte das vantagens, pois o excesso de açúcar neutraliza os efeitos positivos.

Porém, o consumo exagerado não traz benefício algum

É imperativo enfatizar, novamente, que a moderação é a chave. O consumo excessivo de álcool, incluindo vinho, traz efeitos adversos significativos na saúde, como aumento do risco de doenças hepáticas, hipertensão, doenças cardíacas, certos tipos de câncer e problemas de saúde mental. Além disso, o consumo excessivo pode levar à dependência do álcool, que é uma condição séria e debilitante.

Mesmo em doses moderadas, algumas pessoas devem evitar totalmente o consumo de vinho, como gestantes, indivíduos com histórico familiar de alcoolismo ou então aqueles que sofrem de doenças hepáticas.

Conclusão 

O vinho, quando consumido com responsabilidade e como parte de um estilo de vida saudável, pode ser um aliado na promoção da saúde e bem-estar. Esses benefícios são principalmente atribuídos aos polifenóis presentes no vinho, que possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e cardioprotetoras. 

Contudo, é fundamental lembrar que o consumo excessivo de vinho anula esses benefícios e traz sérios riscos à saúde. Portanto, a moderação deve ser sempre a palavra de ordem!

Ao integrar o vinho de maneira responsável e equilibrada em um estilo de vida saudável, é possível aproveitar seus benefícios e melhorar o bem-estar geral. Além disso, é importante considerar a qualidade do vinho e optar por produtos de boa procedência, que garantam a presença dos compostos bioativos benéficos. Portanto, ao brindar com uma taça de vinho, esteja ciente dos seus limites e desfrute de todos os benefícios que essa bebida pode oferecer.